O fandom global da franquia Super Sentai amanheceu hoje (30 de outubro de 2025) com uma notícia que rapidamente gerou uma onda de discussões — muitas delas acaloradas e, em alguns casos, desnecessárias — sobre público-alvo, gostos pessoais e opiniões sem contexto sobre o que realmente acontece com a franquia, a Toei, o mercado japonês e, vale lembrar, a Bandai, também envolvida no projeto.
Segundo a Agência de Notícias Kyodo, foi confirmado no dia 30, por meio de entrevistas com pessoas ligadas à produção, que a franquia Super Sentai, exibida pela TV Asahi, será encerrada após a série atualmente no ar. Iniciada em 1975 com Himitsu Sentai Gorenger, a icônica saga chega, assim, ao fim de um ciclo que atravessou meio século de história.
A própria Toei, por meio de seus produtores, já vinha sinalizando que a comemoração dos 50 anos traria mudanças significativas. Essa possibilidade ganhou força após a Hasbro decidir não seguir com novas adaptações das séries japonesas para o ocidente, rompendo um vínculo histórico com Power Rangers.
Sobre a discussão iniciada entre tantos fãs, é natural que existam diferentes pontos de vista. Alguns enxergam sinais de desgaste criativo, enquanto outros acreditam que a franquia ainda tem muito fôlego. De qualquer forma, é impressionante ver uma franquia se manter ativa por quase cinquenta anos, profundamente enraizada na cultura pop japonesa e ainda capaz de gerar produtos, audiência e relevância. Mesmo enfrentando altos e baixos, o Super Sentai sempre encontrou maneiras de se reinventar e seguir em frente.
Parte do fandom, que por aqui é formado por adultos que cresceram assistindo às equipes coloridas, tendem a enxergar o assunto de forma nostálgica. Porém, é importante entender também o lado empresarial: trata-se de uma marca forte, consolidada e lucrativa. O anúncio do “fim” pode, na verdade, representar uma necessária oxigenação — uma pausa estratégica para reformulação, melhoria e rebranding da franquia.
Afinal, a Toei vem tentando há anos globalizar a marca Kamen Rider e reposicioná-la internacionalmente. Nesse cenário, Super Sentai, sua outra grande franquia infantojuvenil, acabou ficando presa à sombra de suas próprias adaptações e ao formato tradicional, que pouco mudou fora do Japão.


Na minha visão, baseada em mais de vinte anos acompanhando e produzindo conteúdo sobre o gênero tokusatsu, não estamos diante do fim definitivo de Super Sentai, mas sim do início de um novo capítulo, um rebrading de sua marca. Assim como Kamen Rider passou por reformulações antes de se consolidar como carro-chefe da Toei, acredito que o mesmo pode acontecer aqui.
Agora, resta aguardar os comunicados oficiais e evitar cair na armadilha das discussões inflamadas com fãs que, muitas vezes, interpretam a situação sem considerar o que realmente se passa dentro da produtora ou das estratégias de mercado.
Essa é apenas minha opinião sobre o caso — e gostaria muito de ouvir a de vocês. Marquem o Tokusatu.com.br em suas redes sociais e compartilhem o que acham dessa possível nova fase.
Vida longa ao Super Sentai.
Rebranding é a renovação estratégica da imagem de uma marca, incluindo identidade visual, marketing, mensagem e posicionamento, com o objetivo de atualizar, corrigir problemas ou adaptar a marca a novos mercados.

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