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Review: Episódio 11 de ‘Kamen Rider Zeztz’ prepara o terreno para muita ação e revelações

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O episódio começa com uma mudança brusca no mundo dos sonhos, quando a noite cai de forma anormal e Baku desperta deslocado. Essa abertura já reforça o clima de instabilidade que vem crescendo na série, indicando que a fronteira entre sonho e realidade pode estar se deteriorando. Enquanto isso, os detetives Fujimi e Nasuka seguem uma investigação mais tradicional no mundo real ao visitar Atsumi Taro, e essa alternância entre mistério policial e fantasia onírica continua sendo um dos pontos mais fortes do episódio.

A dinâmica entre Fujimi e Atsumi é conduzida com humor e tensão, mas também revela como Fujimi pode se tornar cada vez mais um obstáculo involuntário. O fato de ela impedir Atsumi de dormir por horas cria uma ironia amarga, pois o próprio caso depende dos sonhos e é justamente ela quem sabota o avanço. A ligação de Nasuka para Baku, dizendo que estão nisso há seis horas, funciona como comentário cômico e crítica ao método inflexível de Fujimi, e também para a criação de uma conexão mais inteligente e objetiva entre estes personagens.

A chegada de Baku no centro de comando e sua conversa com Zero elevam o episódio para um campo emocional mais denso. Zero, apesar de rígido, começa a demonstrar uma espécie de cuidado paternal. A ideia de que Baku ainda não é “um agente de verdade” expõe seus conflitos internos e reforça o tema recorrente da temporada: maturidade, responsabilidade e autodescoberta. Ao mesmo tempo, Zero claramente oculta informações sobre o segredo nacional, aprofundando a suspeita de que ele sabe mais do que admite, ficando muito claro quando, por mais de uma vez, ele não se preocupa com o sonhador.

O destaque emocional do episódio é a revelação de Atsumi Taro. A confissão de que as pinturas perdidas são, na verdade, suas próprias obras-primas e que ele se voltou à falsificação por desesperança dá ao personagem uma humanidade trágica. O envolvimento de Odaka Kensei, não como detetive, mas como alguém que se beneficiou das falsificações, adiciona uma camada moral ambígua à investigação. É um dos momentos mais fortes e interessantes da série até aqui, pois transforma um caso aparentemente simples em um comentário sobre reconhecimento, valor artístico e desespero, mesmo que o arco do sonhador, desta vez, ainda fique em segundo plano para o espectador.

Quando Atsumi finalmente dorme e seu corpo começa a apodrecer como as pinturas no sonho, o episódio atinge seu ponto mais perturbador. Esse efeito visual e narrativo reforça a ideia de que o sonho está corroendo o real, e que Baku está lidando com uma ameaça muito maior e muito mais íntima do que imaginava. A podridão física simboliza a deterioração emocional e psicológica de um homem que nunca foi reconhecido.

O momento de Baku com Minami funciona como respiro emocional. A conversa sobre ajudar pessoas, mesmo diante de um mundo que cobra segredos e responsabilidades além de sua idade, reafirma Baku como protagonista empático e humano. Minami, ao hesitar diante da porta marcada com avisos, representa o limite entre curiosidade e confiança, e mostra que ele respeita o espaço interior de Baku, mas segue sendo uma personagem que ainda aparenta ser mais do que apenas uma irmã protetora.

O episódio termina com Nem avisando que as pinturas foram roubadas novamente, deixando claro que nada foi resolvido e que a ameaça está avançando. O cliffhanger é eficiente e mantém a sensação de urgência, com Baku mostrando o porquê ele é o herói quando decide resolver as duas situações: salvar o sonhador e salvar os segredos.

No geral, o episódio se destaca por aprofundar o drama humano de Atsumi, fortalecer e ao mesmo tempo criar desconfiança na relação entre Baku e Zero, e intensificar o mistério da temporada. O final eleva as expectativas com Nox mostrando que os segredos eram um driver e com a cápsula Recovery o recuperando. Este driver e a transformação de Nox já anunciada vão muito além de poderes para o personagem, e deixam em aberto uma pergunta: seria Nox um antigo agente desertor da CODE? Agora é esperar ansiosamente os próximos episódios.

Nota: 9/10

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