Antes de iniciar o review, confesso que estou impressionado com a qualidade da série, e em um momento que parecia a velha história clichê do herói duvidando de si mesmo e se separando no final, acabou sendo um episódio que atendeu muito bem às expectativas criadas após os últimos acontecimentos.
A narrativa estabeleceu que a funcionalidade do Command Closet e dos Capsems está intrinsecamente ligada ao estado mental de Baku, conforme instruído por Zero. Este mecanismo cria um paralelismo direto entre o mundo dos sonhos e a realidade objetiva. Dada a condição de Baku como civil sem treinamento, suas hesitações e conflitos internos são psicologicamente justificáveis. A qualidade da série reside na forma como Zeztz interliga a crise de identidade de Baku à negação de Fujimi sobre seu ex-parceiro, à crescente empatia de Nasuka, e à descoberta de Minami sobre a operação, culminando na revelação de que Nox, como já havia levantado a suspeita, se tratava de um ex-agente da CODE.


A história do menino Seiya, apesar de envolvente e cativante, é novamente apenas um arco de apoio para que o que realmente interessa ocorra. O final feliz para o sonhador e o fato do Nightmare ser o meteoro acabaram sendo pontos esperados desde o início do episódio, mas um novo final com Baku em um estado crítico em apenas 13 episódios, realmente me pegou.
Neste review, vou entrar em mais detalhes do episódio mais ao final, para dissertar mais sobre tudo que permeia a história central, como o Mundo dos Sonhos, que atua como um refúgio para experiências inatingíveis na vida desperta, mas a ameaça de corrupção paira sobre esta dimensão. O mistério sobre Zero e a provável exploração do passado de Baku na próxima semana (e a razão para a superproteção de Minami) começam a ganhar mais destaque, assim como o par de detetives que estavam por um tempo apenas como “escadas” aleatórias e desnecessárias para o protagonista.


A ausência da enigmática borboleta (alô Lady Bug) que supostamente absorve a energia dos Nightmares eliminados levanta questões sobre o beneficiário invisível do sacrifício de Baku. É surpreendente notar que Kensei (aparentemente em coma, de acordo com as prévias) é revelado como o Agente 4, indicando que ele não foi o agente imediatamente anterior a Baku. Isso sugere que Zero pode ser o agente inaugural da CODE ou até mesmo seu fundador, e intensifica a especulação sobre o destino dos cinco agentes remanescentes.


Presume-se que a próxima missão de Zero possa ter o objetivo duplo de resgatar Baku e Kensei do coma. O sucesso de Baku em salvar Nox e libertá-lo do Mundo dos Sonhos seria o caminho para que Kensei Odaka retorne à realidade, possivelmente assumindo o papel de Rider secundário da vez, o que obrigaria a série a criar um novo grande vilão.
Bom, vamos ao episódio: Baku recupera a determinação e destrói o Nightmare Meteoro, assegurando a salvação da humanidade, e Seiya encontra motivação para perseguir seu sonho de astronauta. Contudo, a vitória exige um preço alto: a destruição da maioria das formas de Baku por Nox, culminando com Baku sendo sugado pelo buraco negro que ele mesmo criou, aprisionando-o em um sono indeterminado. Além disso, a fachada de benevolência de Zero é desmantelada, dando dois grandes momentos a ele, revelando Nox como um ex-agente da CODE e ameaçando a irmã de Baku caso ela revele o que ele vai contar.


Um final excelente e enigmático que faz apenas termos vontade de não parar de pensar nas tantas possibilidades que a série está nos apresentando, que é o que um bom escritor sempre faz durante o percurso de sua história até chegar ao final.
Nota 10/10

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