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Review: ‘Kamen Rider Zeztz’ mistura ação, mistério e referências pop em sua estreia

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A estreia de Kamen Rider Zeztz apresentou ao público um protagonista diferente: Baku Yorozu, um jovem sonhador que prefere viver em seus devaneios a encarar a realidade. Seus sonhos lúcidos o colocam constantemente como um agente secreto em missões impossíveis, muitas vezes ao lado da idol Nem, sua musa e inspiração. O detalhe curioso é que ele chega a sonhar até quando está acordado, deixando sua irmã Minami preocupada com seu futuro.

O episódio já mostra que, por trás do jeito atrapalhado e azarado de Baku, existe um coração puro e uma vontade sincera de ajudar as pessoas. Ao tentar salvar uma criança de um sequestro, ele é atropelado e mergulha em um turbilhão de acontecimentos que misturam delírio, pesadelos e uma grande reviravolta: o surgimento do cinto que lhe permitirá se tornar um Kamen Rider.

A transformação de Baku em Kamen Rider Zeztz é um dos pontos altos do episódio. O design traz referências claras ao primeiro Kamen Rider, mas com a ousadia de posicionar o cinturão no peito. A estreia do herói contra um Nightmare – criaturas que invadem a psique humana, transformando sonhos em pesadelos e trazendo-os para a realidade – deixa clara a proposta da série: explorar os limites entre o mundo real e o onírico.

Visualmente, a Toei caprichou: as cenas noturnas, o clima mais sombrio e os efeitos especiais de alto nível ajudam a dar peso à trama, e indicam que a produtora busca agradar todas as idades. O Rider Kick de estreia também surpreende, não só pelo impacto visual, mas pela simbologia dos “Z” de Zeztz, ligados à sorte e ao número 777.

Dirigido por Kazuya Kamihoriuchi e escrito por Yuya Takahashi (responsável por séries como Kamen Rider Ex-Aid e Kamen Rider Geats), o episódio traz um protagonista dividido entre sua vida real e a persona idealizada de seus sonhos — algo que ecoa trabalhos anteriores do roteirista.

Outro destaque são as referências culturais: além de homenagens a filmes de espionagem como os das franquias de James Bond e Missão Impossível, há ecos de obras que exploram o inconsciente, como A Origem (Inception), A Cela (The Cell), A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street) e até mesmo a graphic novel Dream Police, de J. Michael Straczynski.

Com boas atuações, um clima mais denso do que o habitual na franquia nos últimos anos e um herói carismático, a estreia de Kamen Rider Zeztz abre espaço para uma temporada promissora. Se o equilíbrio entre sonhos e realidade será mantido, só os próximos episódios dirão.

Nota: 10/10

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