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Review: ‘Ultraman Omega’ estreia com força e identidade própria

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Algumas estreias não pedem licença. Elas simplesmente acontecem. É assim que Ultraman Omega se apresenta: sem cerimônia, como se o mundo estivesse pegando fogo e você tivesse acabado de chegar.

A série estreou no dia 5 de julho de 2025, com direção de Masayoshi Takesue, que já havia mostrado talento visual em trabalhos anteriores da franquia. Aqui, ele se supera, apostando em enquadramentos cheios de energia e em um ritmo que nunca deixa a tensão cair. Já o roteiro é assinado por Toshizo Nemoto, um nome com sensibilidade para construir narrativas de ação com alma, que aqui planta as sementes de uma história promissora logo no primeiro episódio.

Imagine uma Terra onde o conceito de kaiju nunca existiu. Onde ninguém conhece o terror de um monstro gigante surgindo no horizonte. É nesse cenário que Omega aterrissa — não como uma lenda renascida, mas como um mistério vermelho que rasga os céus e desafia o desconhecido.

O visual do herói impressiona. Omega tem uma presença diferente, um rosto que não se encaixa nos Ultras clássicos. Seu olhar carrega distância, sua postura carrega peso. Tudo nele é diferente — e isso só torna seu impacto ainda maior.

O episódio é mais sobre sensações do que sobre explicações. E isso funciona. Ele nos guia por um mundo novo sem puxar o espectador pela mão, mas também sem deixá-lo perdido. É como se estivéssemos descobrindo tudo junto do protagonista, passo a passo, com olhos curiosos e coração acelerado.

A relação entre os protagonistas se constrói com naturalidade. Um é o chão, o outro é o céu. Um entende o mundo, o outro ainda está tentando. E é nessa troca que a série encontra seu equilíbrio emocional — sem pressa, mas com propósito.

As lutas são um show à parte. Coreografadas com energia, cheias de voos, acrobacias e aquele toque meio esquisito que só a Tsuburaya sabe aplicar do jeito certo. O transformador usado pelo herói é um detalhe criativo que, confesso, já imaginei na minha coleção.

O mais bonito de tudo talvez seja isso: a série começa como quem já tem um destino traçado. Não parece improvisada. Não parece vazia. Parece ter um caminho a seguir — e isso já diz muito em tempos de histórias que andam em círculos.

Ultraman Omega é aquele tipo de estreia que renova o fôlego da franquia. Chega com respeito ao legado, mas também com vontade de dizer algo novo. Não se trata apenas de um novo herói. É uma nova luz. E a luz, quando bem conduzida, encontra quem precisa dela.

Nota: 9/10

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