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Review: ‘Ultraman Omega’ segue com delicadeza e realismo em seu segundo episódio

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Se tem uma coisa que o segundo episódio de Ultraman Omega (ウルトラマンオメガ) nos mostra com delicadeza é que, mesmo em meio a kaijus e mistérios cósmicos, o que aproxima os mundos são as pequenas coisas: um prato quente, um gesto de cuidado, um nome dado com carinho.

O episódio foi exibido em 12 de julho de 2025, com direção de Masayoshi Takesue, que continua construindo esse novo mundo com confiança e sensibilidade. O roteiro é novamente de Toshizo Nemoto, que segue equilibrando bem o avanço da trama com o desenvolvimento dos personagens.

Ainda sentimos as rachaduras deixadas pelo ataque anterior. A cidade tenta se recompor enquanto uma nova ameaça se insinua pelas bordas. Mas o foco aqui não está na destruição — está na convivência.

Sorato, o homem de origem desconhecida, ganha finalmente um nome. Ele e Kosei, agora dividindo o mesmo teto, começam a viver juntos, tropeçando nas diferenças entre o humano e o alienígena. A química entre os dois continua firme, com Kosei servindo como o elo entre o espectador e o mistério que é Sorato. O contraste entre o alienígena silencioso e o humano pé-no-chão rende bons momentos.

É nesse episódio também que somos apresentados à Ayumu Ichido, uma bióloga que entra na história com carisma e presença. Ela não é apenas um suporte técnico para a trama — é uma personagem com voz, com brilho próprio, e rapidamente se encaixa na dinâmica do grupo. O trio formado por Kosei, Sorato e Ayumu funciona, trazendo leveza e humor sem quebrar o clima da série.

Ainda assim, há algo em Sorato que parece fora do tom — e não apenas porque ele é de outro mundo. A atuação do ator, por enquanto, soa um pouco rígida demais. Às vezes lembra um Goku contido, outras vezes parece um herói de tokusatsu tentando ser sério demais. Fica difícil saber se é uma escolha consciente ou algo que ainda vai encontrar equilíbrio.

A luta com o kaiju é direta, bem feita, sem exageros. A série mantém seu “feijão com arroz” com carinho e competência — o que é ótimo, porque não tenta impressionar com espetáculo vazio. Tudo tem contexto, peso, consequência. E o melhor: Ultraman Omega segue sem pressa. Não corre para explicar tudo nem atropela a construção do mundo, e isso torna a imersão mais natural e envolvente.

A série entrega migalhas, insinua respostas, mas não subestima o espectador. Isso mantém a curiosidade viva e reforça a impressão de que Ultraman Omega é uma das melhores portas de entrada para novos fãs da franquia em anos.

No fim, o episódio acerta ao apresentar uma nova personagem, ampliar o universo e manter o tom realista da trama. Ainda há arestas a serem lapidadas — especialmente no protagonista —, mas a luz que Omega carrega continua firme, mesmo que ainda esteja aprendendo a brilhar entre os humanos.

Nota: 8/10

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