Em entrevista ao podcast X-Ray Vision, durante um painel ao vivo na San Diego Comic-Con, o diretor Shinji Higuchi falou sobre o legado de Shin Godzilla (シン・ゴジラ, 2016) e o que diferencia sua abordagem dentro da longeva franquia. A versão remasterizada do longa está sendo exibida novamente nos Estados Unidos.
Para Higuchi, Godzilla representa uma figura extremamente pessoal para cada fã: “Cada fã tem o seu próprio Godzilla, quase como diferentes ramificações de uma religião.” Ele acrescentou que, ao criar Shin Godzilla, quis propositalmente fugir do modelo tradicional em que o monstro enfrenta outras criaturas. “Quis mostrar uma única criatura em diferentes estados de evolução. Isso não só reduzia os custos de efeitos, como também criava algo inédito para a narrativa.” explicou.


Um dos momentos mais comentados foi a “fase bebê” do monstro, com olhos grandes e expressivos. Higuchi contou que a inspiração veio de uma característica pessoal do co-diretor Hideaki Anno, que “não gosta de peixe. Aqueles olhos vidrados nos mercados o incomodam muito, e foi daí que surgiu o olhar do Godzilla. Mas, no fim, as crianças acharam fofo, e isso o deixou confuso.”
Ele também comentou sobre a diferença na forma como o público reage no cinema. “No Japão, fomos ensinados a assistir em silêncio. Já os americanos reagem em voz alta, participam. Sinto inveja disso e espero que mantenham essa energia ao assistir Shin Godzilla nos cinemas.”
No Brasil, você pode assistir a Shin Godzilla pelas plataformas de streaming Prime Video e Google Play, além de estar disponível na Apple TV+.
Fonte: OMNY
Shin Godzilla (シン・ゴジラ, 2016), dirigido por Hideaki Anno e Shinji Higuchi, apresenta uma releitura moderna do clássico rei dos monstros, com forte crítica à ineficiência administrativa em tempos de crise, inspirada nos eventos do tsunami de 2011 e no desastre nuclear de Fukushima.
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