Shotaro Ishinomori (1938–1998) foi um dos maiores nomes do mangá, anime e tokusatsu no Japão. Nascido como Onodera Shotaro e inicialmente conhecido como Shotaro Ishimori, mudou o nome para Ishinomori em 1986. Discípulo de Osamu Tezuka e morador da lendária pensão Tokiwa-so, destacou-se rapidamente e ficou conhecido como o “Rei do Mangá”. Produziu mais de 750 títulos, conquistando um recorde no Guinness Book, e teve como influências o cinema e autores de ficção científica como Isaac Asimov e H. G. Wells.
Nos anos 1950 se destacou com Kaiketsu Harimao, nos anos 1960 consolidou-se com Cyborg 009 e Sabu to Ichi Torimono Hikae, além de criar Mutant Sabu e Genma Taisen em parceria com Kazumasa Hirai. Nos anos 1970 viveu seu auge com Skull Man, que originou Kamen Rider, além de obras como Jinzo Ningen Kikaider, Inazuman, Henshin Ninja Arashi e Robot Keiji. Também foi o criador do gênero Super Sentai, com Himitsu Sentai Gorenger e JAKQ Dengekitai. Na década de 1980 lançou Hotel e inovou com mangás didáticos como Manga Nihon no Rekishi e Manga Nihon Keizai Nyuumon. Nos anos 1990 adaptou The Legend of Zelda: A Link to the Past e autorizou o revival de Skull Man.
No Brasil, suas séries mais conhecidas foram Kamen Rider Black, Patrine, Machine Man e Bicrossers, exibidas por emissoras como Rede Manchete, Bandeirantes, Record e Globo, além de Cyborg 009 e Esquadrão Arco-Íris.
Ishinomori desenhava cerca de 500 páginas por mês e influenciou nomes como Go Nagai, Rumiko Takahashi e Katsuhiro Otomo, sendo considerado o segundo maior mangaká do Japão, atrás apenas de Tezuka. Gentil, bem-humorado e antimilitarista, faleceu em 1998 de problemas cardíacos. Seu último trabalho foi a série tokusatsu Voicelugger, exibida postumamente. Seu legado continuou através de novas adaptações produzidas com a colaboração de seu filho, Akira Onodera.
